sábado, 11 de janeiro de 2014

❤Carta simples....Amo-te António💖🌼


Carta simples

Amo-te António, gosto de ti
Como eu gosto de ti talvez tu não saibas
Como é bom envelhecer contigo
Aconchegar as tuas costas, quando adormeces no sofá
Esperar-te à noite sobre a nossa cama velhinha de ferro

Creio que foi o teu olhar, que eu quis navegar
Quando te conheci e te vi...eras tão bonito e continuas a sê-lo
Foi amor à primeira vista, um encantamento
um deslumbramento, de uma miúda de 17 anos

Passados todos estes anos (29-vinte e nove anos) de casados
(10-dez meses) de namoro, cá estamos nós meu amor
na luta da vida que nunca foi fácil, ouve alturas que
as dores e sofrimento, a necessidade, a falta de tantas coisas
más decisões, más escolhas, trouxeram-nos muitos dissabores

A nossa vida foi feita com alegria, amor, esperança e muita fé
Passámos por privações muito dolorosas e no final ficámos
Mais fortes, mais unidos e muito mais apaixonados
Muitas vezes gosto de observar-te, sem que dês por ela
Olho para ti em silêncio, és o homem que amo e desejo

És um pégaso meigo, honesto, apaixonado, ciumento
Possessivo e eu sou como um cavalo selvagem
Que não consegues domar e isso que completa-nos
Tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais, como
Uma tempestade de vento e chuva que acalma de repente

Gosto de beijar-te com ternura enquanto vemos um filme
Talvez seja melhor fazermos amor foste apanhado
Gosto de irritar-te, de provocar-te eu sei
Afinal estamos a envelhecer, mas não estamos gastos para o amor

Onde estão as nossas memórias, os sonhos esquecidos
Guardados, a nossa prioridade são os nossos filhos
Lindos perfeitos que Deus nos deu uma grande bênção
Afinal eles são o maior tesouro que conseguimos juntar
Oito (8) diamantes cinco meninas e três rapazes que são o nosso orgulho

Eu sei que amas-me, que te revês nas minhas rugas
Na minha fuga do tempo vamos ser velhos
Amigos, cúmplices, amantes, companheiros, apaixonados
De tantos Invernos, de tantas primaveras, de tantos sorrisos
De tantas alegrias e tristezas, de tantas aventuras

Afinal, ainda não temos netos, eu sei, tu, tal como eu gostaríamos
De os conhecer, mas temos que ficar à espera 
Depois meu amor, ficar contigo e morrer no teu sorriso...António!

Maria Isabel Morais Ribeiro da Fonseca

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