quinta-feira, 29 de maio de 2014

PASSEIO CONTIGO AMARRAS ✿


PASSEIO CONTIGO AMARRAS

Passeio contigo na praia
É noite de luar, abri os meus braços
Recebi-te com carinho, com emoção
Onde adormeci a minha alma
Desci o vale encantado do teu corpo
Com o meu corpo a arder
Como arde a madeira seca numa fogueira
Eu só queria ver o mar e banhar-me nos teus braços
Para apagar este fogo, nas asas de um sonho lindo
Vi-te delirante e nele semeei toda a minha ternura
Os teus olhos eram ondas bravas feitas de loucura
Rasgas-te as seivas da minha ousadia
Extravasaste os mares de mim, cortaste todas as amarras
E incendiaste o vale dos meus desejos.


segunda-feira, 26 de maio de 2014

sexta-feira, 23 de maio de 2014

"CORPOS"❈ ◕‿◕༺•✿

CORPOS

Enquanto nos amamos
Enquanto o calor nos tira a roupa
Enquanto estamos nus sobre a cama
Os nossos corpos fazem desta agonia "alegria".




segunda-feira, 19 de maio de 2014

DEVOLVE-ME❈ ◕‿◕༺•✿


DEVOLVE-ME

Meu amor
Devolve-me a minha alma
Que a perdi
Com ela a alegria
Os sorrisos
Os sonhos
Doem-me os olhos
Deste pó
Devolve-me
Talvez uma lágrima
Apenas uma
Por favor meu amor
Já não tenho mais sal
Nem água cristalina nos meus olhos
Para chorar e aliviar a minha dor
Devolve-me o meu coração
Que está seco
Como o sal da minha boca
Das saudades
Do teu carinho
Dos teus beijos
Que correm como um rio selvagem
Devolve-me o perfume das rosas
Aroma suave
Dos nossos corpos suados!



sexta-feira, 16 de maio de 2014

"ESCREVI"❈ ◕‿◕༺•✿



 "ESCREVI"

Escrevi o tempo
Escrevi para ti
Desenhei o silêncio
Desenhei para ti
Escutei o silêncio
Que acalmou o mar
Rasguei o silêncio
Em tempo para ti
Para que o silêncio
Se faça escutar
Desenhei o tempo
Feito em silêncio
Escutei a melodia
Desejando o silêncio
Desenhei o tempo
Numa folha em silêncio
Joguei ao vento
No silencio do tempo.





quarta-feira, 14 de maio de 2014

PORTA ABERTA❈ ◕‿◕༺•✿


PORTA ABERTA

À noite quando me deito
O céu ouve-me
Ouve-me, o quanto sinto-me perdida
Perdida sem uma causa
As tempestades de inverno vieram
E escureceram o meu sol
O meu chão, perco a minha respiração
Os meus pensamentos procuram uma porta aberta
Aberta para levarem-me para longe
Longe, longe desta batalha que é viver
Onde eu possa ser forte
Como a chuva que cai no telhado
Trazendo a esperança
Deixo-a cair sobre mim
Para que ela leve consigo todas as dores
Sofridas, vividas, amadas
Não tenho medo, nem das chuvas tempestivas
Nem da solidão, que ronda a minha alma
Talvez o meu coração.


segunda-feira, 12 de maio de 2014

"OUVE AMOR"❈ ◕‿◕༺•✿


"OUVE AMOR"

Amor se soubesses
Soubesses que quando me despes à noite
Deixas-me nua
Com o coração destapado
A alma indefesa
Se soubesses, que por cada gesto teu
Eu era capaz de roubar
Roubar todas as flores do mundo
Invadir os oceanos, os rios
Amor se soubesses
Mas, eu sei que construíste
 Um jardim na tua varanda
No teu coração
Só para me veres sorrir.


sábado, 10 de maio de 2014

DESCALÇA❈ ◕‿◕༺•✿



DESCALÇA

Ando pelo espuma do mar
Descalça na areia branca da praia
Deixem-me viver, viver livre
Não imponhas regras, condições
Não questiones-me as minhas decisões, suposições
Quero viver cada dia como se fosse o primeiro
Mas também vivê-lo como se fosse o último
Não imponhas conselhos, opiniões, sermões
Sou como as ondas do mar, como o vento, a tempestade
A brisa do deserto, o raio do sol
Como a tempestade, o lobo que uiva no grito do vento
Não tentes limitar os meus passos, pará de me aprisionar
Com coisas que me deixam deprimida, só quero ser livre
Como uma águia, deixem-me viver, viver livre contigo.


segunda-feira, 5 de maio de 2014

"CELA DE MIM"❈ ◕‿◕༺•✿


  " CELA DE MIM"

Gosto de fechar os olhos
Sentir o amor e o calor
Calor daqueles que partiram
De mim, para sempre
Sentir as mãos frias
Frias sobre o ferro quente
Quente como o meu corpo
Que não me reconhece
Perdeu-se no espelho
Espelho da vaidade
Das grades de ferro da cela
Onde dorme a minha alma
Ferros meus, corpo teu
Mãos que já foram minhas, tuas
Não partas fica na noite que desbrava-se
Cama, silêncio
Margens do tempo
Livros das cores que nos cegam
Espelhos do quarto
Que nos ferem
Em estilhaços de luz
Poeiras soltas
Rasgar dos panos
Das janelas abertas
Murmuram o teu nome, o meu
Lambuzam os dedos no pote de mel
Gritam, gemem, na primeira lua
Saltam o muro fingindo
Fugindo e perguntam
Perguntam onde estão os que partiram.