"TECER AS PALAVRAS"
As sombras das casas senhoriais frias
De pedras escuras
Sobreviventes aos séculos em estado de destruição
Hoje queria tecer as lágrimas
Da chuva que cai lá fora
Pérolas que enlaçam o fio da tua
Da minha sorte
Ser agulha nas malhas de lá do nosso esquecimento
Tecer todas as mágoas no linho
Dos lençóis ao vento no estendal nas horas difíceis
Nas horas difíceis
Morremos de tédio acendemos a televisão
Navegamos na corrente
Barco sem remos, velas erguidas ao tempo
Atiramos pedras ao rio sem as ver cair
Gememos de fúrias esmagadas
Fragmentos de memórias que tombam desamparadas
Como folhas soltas
Ao sabor do vento, no tempo
Gaivotas que levam as letras ilegíveis
De palavras irónicas.!
Termas de Água de Radium
Hotel Termal Serra da Pena, Sortelha, Portugal
Melancólico. Adoro ler-te Maria.
ResponderEliminarCarpe diem
Excelente poetisa
ResponderEliminarFantástico! Parabéns!
ResponderEliminarDo passado e do presente, tudo é luz e escuridão, dessas imponentes casas senhoriais, que trazem o fogo de uma paixão com a passagem das gaivotas, nas pedras atiradas ao rio, com o zumbir do vento e o esplendor da mãe natureza. 🏞️🙂🏯
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