segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

🌷ÁGUAS TÉPIDAS 🌹


ÁGUAS TÉPIDAS  
 
Nas tépidas águas onde nasce a canção 
Vozes roucas de névoas em segredo 
Terra seca que espera um só degredo 
No sono, sonho ciprestes já impostos 

 

Desperta aquilo que em si já se preste 
Espanto castigado de mágoa endecha 
Queixa de um silêncio em letras tardias 
Dias, noites de tardes nocturnas sem fim 

 

Ilibado esquecido utopia do desesperado 
Néscio sem porto no horto já esquecido 
Desconforto desvão de ilusão na quimera 
Sombra que espanta a dor que se embala 

 

Noite espessa, espasmo que bate no vento 
Aquilhado que passa, rompe o forte embate 
No cravo de uma canção feitas pelas ondas 
Do mar de vozes roucas, empatia assassina  

 

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