segunda-feira, 28 de maio de 2018

🌸_BEBO DESTE MAR _💕



BEBO DESTE MAR

Bebo deste mar salgada água
Para não me afogar deste veneno
Que a vida me dá, trazendo-me a poesia
Na alma dilacerada no peito pelos desígnios
Inventados pelas almas que gritam
Na indistinta e confusa mente de cada um
Onde engole o sal na penumbra, consciência
Do que somos ou seremos  neste mundo
De veneno, de desassossego, de inquietação
Dói-me qualquer sentimento que desconheço
Escrevo estas linhas, dou-me por insatisfeito
Pelo cansaço de todas as minhas ilusões vividas
Pois perco a razão, o pensamento desta minha
Doente mente sem vergonha de não ser intelectual
No corpo como uma forte náusea no estômago

💘

Isabel Morais Ribeiro Fonseca






sexta-feira, 25 de maio de 2018

🌹 _REGAÇO MEU_🌸


REGAÇO MEU

Meu corpo é um poema sem palavras
A minha alma escuta o meu silêncio
As lágrimas inundam o meu regaço
Rezo o rosário da dor da minha alma
Onde silenciosa sepultei os meus poemas
Gosto quando me olhas com os teus sentidos
Tocas-me com os teus pensamentos
E beijas-me com o teu silêncio
Tango de uma alma traída quando a afastam
Um mergulho no tempo
Feito num momento de um lamento
Um sofrimento num cansaço
Pranto de um desejo, de um abraço
O grito silencioso de uma lágrima reprimida
De uma dor aprisionada
Onde a poesia é a minha companheira
Das madrugadas mal dormidas
A solidão sempre foi o meu caminho
Onde sigo a rota do vento
E atravesso a tempestade
Agora enxugo minhas lágrimas cheias de saudades
De tristeza entregue a uma dor intensa
Onde só queria uma pausa para poder colher a lua.

Isabel Morais Ribeiro Fonseca

segunda-feira, 21 de maio de 2018

🌺_ FADOS E NTRE BECOS _🍁


FADOS E BECOS

O corpo adivinha as sensações já vividas
Experimenta as dores profundas e velozes
A carne tem um fraco pelas orgias da noite
Sou levada pela saudade cravada em mim

Sente-se dor nos ossos, tudo que não vivi
Vislumbrei-me em fado nos becos noturnos
De tramas, de mentiras, de olhares já tóxicos
Lua de desejos sob a penumbras madrugadas

Saudade da solidão, noturnas noites diluídas
Gelo esgotado nas gandaias dos sonhadores
Raiadas nos olhos, sono pelo avesso espelho
Luzes frias, som em fúria, de um sino tocado

Ou ainda de uma oração rezada com devoção.


Isabel Morais Ribeiro Fonseca 




quinta-feira, 10 de maio de 2018

🍁 _SOMBRA QUE ALBERGA_🍁




SOMBRA

Sombra que alberga os mortos
Que sozinhos se encontram
Nas páginas escritas do velho livro
Nos sonhos que enfeitam os vivos
Pedras geladas de tantos tormentos
Delírios do mar por se encontrar em terra
Nos cravos perfumados de rosas
A minha alma é um cadáver
Onde pesa-me a dor que sinto no peito
Na lama onde me deito nu
Com as saudades de quem quer estar vivo
Pedras, lama, barro, sombra perfumada
Num belo sonho dos mortos
Sombra perdida deste mundo
Porque dos vivos nada sei nem quero saber.


Isabel Morais Ribeiro Fonseca






Igreja matriz . Aldeia de Salselas

quinta-feira, 3 de maio de 2018

🌺_ MISTURE TODAS AS CORES_ 💕



MISTURE

Misture a sua vida  
Com texturas
Com cores
Com amores
Com paixões
Com dores
Com sentimentos
Com sabores
Com alegria
Com alma
Com mil coisas
Descubra novas aventuras
Mas nunca 
Se mostre satisfeito
Há alturas na vida 
Que o silêncio
Sela as portas do inferno 
E abre a saída na alma 
Com as asas do amor.


Isabel Morais Ribeiro Fonseca